"Não". Todos diferentes, todos iguais?
Quanto mais leio blogs do "não", mais me convenço que não existe real diferença entre as tendências do "não". Simplesmente, "não" é "não". É absoluto. Votando "não", vota-se incógnita.
A diferença existe, sim, entre o "sim" e o "não". Os mesmos que defendem o "sim", tenho a certeza, vão pugnar por uma alternativa. Os defensores do "não", vão continuar a bater-se contra a Europa.
O problema é que as extremas (direita e esquerda) aparentam (e só aparentam) ter saído vencedoras deste processo. Só que nós sabemos que não é bem assim. Os motivos que levaram à rejeição do Tratado deveram-se, antes de mais, a motivos internos (o que eu julgaria impossível em países tão avançados, uma mistura de temas tão díspares).
Esperemos é que esta aventura franco-flamenga não comprometa a construção europeia, como tanto estes "nãos" em tudo iguais o queriam.
Com a devida vénia a JPP, concordo com o que diz Carlos Vale Ferraz no Público de hoje - "A afirmação de alguns aprendizes de feiticeiro de que o Não ao tratado constitucional europeu é o Não da positiva, o Não que permite refundar a Europa noutras bases, tem a mesma lógica que alguém esmagar os dedos a um pianista mediano com o argumento de que quer fazer dele um grande guitarrista!".
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home